Publicada em 29/10/2022
Diante da confirmação de casos de Leishmaniose no estado do RS, e considerando que ela se trata de uma doença infecciosa que afeta seres humanos e animais, com o potencial de provocar desde lesões na pele à infecções viscerais, que podem levar a morte, a Secretaria Municipal de Saúde faz um alerta à população neste sentido.
Segundo Tamara Lorenzon, da Vigilância Ambiental, a leishmaniose visceral canina (LVC) é uma antropozoonose causada pelo protozoário do gênero Leishmania spp. e transmitida pela picada do flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis) conhecido como mosquito palha, onde o cão é o principal reservatório. O vetor contaminado pica o cão e posteriormente uma pessoa. Não há transmissão direta entre pessoas e pessoas e cães.
Ela explica que o animal infectado pode se encontrar clinicamente saudável por um longo período, mas permanece como reservatório da doença e com a capacidade de infectar o vetor e continuar com a disseminação do ciclo. Os sinais clínicos mais observados incluem lesões cutâneas tais como alopecia, descamação, hiperqueratose nasal, úlceras e hiperpigmentação, além de anorexia, emagrecimento progressivo, onicogrifose e alterações oftálmicas.
“No momento, nosso município não está infestado pelo mosquito”, diz Tamara.
O que fazer em casos suspeitos de LVC
O médico veterinário deve realizar coleta ou encaminhar o animal para exames sorológicos de diagnóstico laboratorial. A suspeita pode ocorrer tanto diante de um animal com sintomatologia compatível ou apenas por vínculo epidemiológico (animal ter frequentado áreas de risco ou ter sido importado de locais/cidades onde há ocorrência da doença). Ainda, é necessário orientar o proprietário/tutor com relação à enfermidade, especialmente sobre uso da coleira repelente, além de informar à Vigilância em Saúde do município.
O que fazer em caso positivo de LVC
De acordo com a Profissional, o médico veterinário deve notificar compulsoriamente a Vigilância em Saúde do município para as providências cabíveis, conforme prevê a Portaria Ministerial/MS nº 204/16, a Instrução Normativa do MAPA nº 50/2013 e a lista atual de enfermidades da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) em vigor. Outrossim, o veterinário, juntamente com o proprietário/tutor têm três opções de medidas sanitárias: a eutanásia do animal positivo, seguindo as normas e procedimentos da Resolução nº 1000 do CFMV, o contato com a Vigilância em Saúde do município para orientação em relação ao encaminhamento do animal para realização da eutanásia, assim como sua destinação, nas cidades onde exista esse serviço ou ainda o tratamento de LVC, com medicamento regulamentado pelo MAPA.
Mais informações podem ser buscadas através do telefone 33243600 ou Whastapp 999660777.
Com informações da Prefeitura Municipal
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