Publicada em 02/02/2022
Nesta quarta-feira (02),a Sociedade Dos Engenheiros Agrônomos da região de Cruz Alta (SEARCA), o Sindicato Rural de Cruz Alta, a Universidade de Cruz Alta (Unicruz) e a equipe Fieldcrops da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), divulgaram uma carta aberta à sociedade Cruz-Altense e região sobre a situação da estiagem e externando a grave situação das lavouras de grãos, pastagens e produção pecuária , no momento em consolida-se uma grande quebra de safra devido a maior estiagem ocorrida nos últimos 20 anos no Rio Grande do Sul.
As entidades, SEARCA e Sindicato Rural, que representam uma
parcela significativa de produtores e engenheiros agrônomos, vivenciam diariamente
os prejuízos que estão sendo consolidados.
A Unicruz e UFSM, instituições de ensino,pesquisa e
extensão,através de diagnósticos conseguem mensurar a situação do campo, por
meio de pesquisas, realizadas nos municípios gaúchos.
O prejuízo econômico desta safra deve impactar não só Cruz
Alta, mas todos os municípios do RS, cuja as economias sejam vinculadas direta
ou indiretamente ao desempenho do agronegócio.
Seguem os resultados :
SOJA- Estima -se uma produtividade
média na região que irá variar de 10 a 20 sacas por hectare nas áreas de
sequeiro e 50 e 55 sacas por hectare em áreas irrigadas.
Estima-se que em torno de 5 a 10% das lavouras da região
não foram semeadas em função da ausência da disponibilidade hídrica necessária
para o estabelecimento do soja.
Considerando os dados analisados, estima-se uma quebra de
65% na produção, com um possível prejuízo de R$ 700 Milhões.
MILHO- Algumas lavouras que já
estavam sendo colhidas até o momento obtiveram resultados de 0 a 30 sacas por
hectare no sequeiro e de 120 a 140 sacas por hectare nas áreas irrigadas.Muitas
lavouras do sequeiro não serão colhidas, pois a produção nem compensaria o
custo do cereal.
PRODUÇÃO PECUÁRIA- observa-se
uma quebra de 50% na região.A falta de água e alimento para a sobrevivência dos
planteis tem levado muitos produtores a abaterem suas matrizes.
Através da análise exposta, ainda que ocorram chuvas em
abundância a maior parte desses prejuízos já está consolidade e é irreversível.
A carta aberta encerra com um forte apelo das entidades ,
para que os agentes públicos municipais,estaduais e federais, no âmbito do
executivo e legislativo, no que tange suas competências, estejam cientes da
gravidade da situação.
Assinam a carta, as entidades acima citadas.A íntegra da
carta você confere abaixo.
Com Informações do Sindicato Rural, SEARCA, Unicruz
e UFSM
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações