Publicada em 27/04/2021
Em meio à escassez de ampolas da Coronovac em municípios do
Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que falta
40.470 doses para completar o esquema vacinal (segunda dose) contra a
Covid-19 em idosos que receberam a primeira injeção a partir da remessa
distribuída no dia 20 de março. Além disso, as autoridades alertam que
"também haverá necessidade de 223.400 doses para a segunda imunização dos
vacinados com a remessa distribuída no dia 26 de março".
A Secretaria explica que
o intervalo preconizado para o imuzinante produzido pelo Instituto Butantan a
partir de tecnologia desenvolvida na China, de 28 dias, deve ser
contabilizado a partir do dia da aplicação da vacina, que ocorre de acordo com
organização própria dos municípios. "A data de 20 de março corresponde à
distribuição das doses às 18 coordenadorias regionais de saúde. Nos dias
seguintes, já nos municípios, as vacinas começam a ser aplicadas", diz a
pasta ao explicar cálculo.
Em função do atraso na
entrega de insumos vindos da China ao Instituto Butantan, o Ministério da Saúde
(MS) não está mais recebendo os quantitativos esperados de vacinas. A entrega será retomada no dia 3 de maio, garante o diretor do
Butantan, Dimas Covas. Contudo, a SES não fala em datas para
novas chegadas ao Estado.
"Ainda
não há previsão, por parte do MS, de envio de nova remessa de doses ao RS.
Segundo o Programa Nacional de Imunizações, caso ocorram atrasos, o esquema
vacinal deverá ser completado com a administração da segunda dose o mais rápido
possível", afirma.
Desde a segunda remessa da campanha de imunização
da Covid-19, a SES e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS
(Cosems), "em pactuações realizadas de forma sistemática após o
recebimento das doses, optaram por imunizar o maior número possível de pessoas,
priorizando as primeiras doses e planejando a segunda dose em um intervalo de
28 dias". Neste cenário, faltaram ampolas, e cidades do Estado começaram a
suspender a aplicação da Coronavac.
"O Ministério da Saúde recomendou a aplicação das vacinas integralmente para primeira dose somente a partir da 9ª remessa. O resultado dessa estratégia da SES foi uma maior agilidade na aplicação da vacina na população gaúcha, o que mantém o RS no topo do ranking dos Estados que mais vacinam, proporcionalmente, no país", justifica a SES.
Fonte: Correio do Povo