Publicada em 27/07/2020
Uma parceria para elaboração de um plano de ação territorial (PAT) que
visa conservar espécies ameaçadas de extinção foi oficializado entre a
Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o Instituto do Meio
Ambiente de Santa Catarina (IMA) e o World Wide Fund for Nature (WWF) Brasil.
Ao todo serão contempladas 22 espécies do bioma Mata Atlântica, sendo 17 da
flora e cinco da fauna da região do Planalto Sul do estado.
Na última quarta-feira (22), o Rio Grande do Sul publicou a Portaria
Sema 114/2020, que vem ao encontro da Portaria 260/2019, de Santa Catarina, na
aprovação do Plano de Ação Territorial (PAT) para conservação de espécies.
De acordo com o analista ambiental do Departamento de Biodiversidade da
Sema, Leonardo Urruth, a secretaria e o IMA serão os responsáveis pela
coordenação e facilitação dos processos, e a WWF Brasil, a agência executora do
PAT a partir do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção.
“Os territórios delineados para implantação de planos de conservação
foram escolhidos por critérios biológicos, onde as espécies ameaçadas estão em
maior quantidade ou há aquelas espécies criticamente ameaçadas (CR). Muitas não
estão protegidas dentro de Unidades de Conservação (UCs) e precisam de outras
ações para conservação. Por isso a gestão é compartilhada. É a primeira vez que
os dois órgãos trabalham de forma conjunta”, explica Urruth.
Serão 41 ações distribuídas em seis objetivos específicos: promover a
proteção e/ou recuperação dos ambientes de ocorrência conhecida e potencial das
espécies focais; mitigar os riscos das espécies exóticas invasoras sobre as
espécies focais e seus ecossistemas; contribuir com a redução da conversão de
áreas nativas de ocorrência das espécies focais; reduzir as fontes de
alterações físicas, químicas e biológicas prejudiciais aos ambientes de
ocorrência das espécies focais; ampliar e difundir o conhecimento sobre
espécies e ambientes; e fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis que
conservem e restaurem a vegetação nativa.
A coordenadora do Projeto Pró-Espécies no WWF-Brasil, Gabriela Moreira,
comemora a publicação conjunta das portarias e reforça a importância do
engajamento dos parceiros para a conservação de espécies ameaçadas. “Mais uma
conquista que devemos comemorar. A articulação entre dois estados para a
proteção de espécies ameaçadas no PAT Planalto Sul nos mostra que o trabalho em
conjunto é poderosa ferramenta para gestão ambiental eficiente. O WWF Brasil
tem orgulho de participar desta iniciativa”, aponta.
Elaboração e implementação do PAT
Planalto Sul
Desde a elaboração do PAT Planalto Sul, em 2019, foram realizadas
diversas ações de implementação em conjunto com os articuladores e o Grupo de
Assessoramento Técnico (GAT), que tem representantes de diversas instituições,
entre elas o Instituto Curicaca, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
(Uergs), o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), a Associação
Amigos do Meio Ambiente (AMA), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
de São Francisco de Paula, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável de Santa Catarina (SDE-SC), o IMA e a Sema.
Em abril, a coordenação do PAT Planalto Sul elaborou uma proposta com
diretrizes e objetivos para o plano de comunicação e o plano de
sustentabilidade financeira. A proposta foi submetida à análise do GAT. Em
maio, foi realizada uma reunião de alinhamento para organizar as expedições de
campo pós-pandemia da Covid-19 e a elaboração de protocolos para o levantamento
de informações para os distintos grupos de pesquisadores.
Fonte: Governo RS