Publicada em 03/06/2024
O governador Eduardo Leite anunciou, nesta segunda-feira (3/6), um plano para reconstruir e recuperar rodovias e pontes prejudicadas pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. A estimativa de custo para reconstrução, considerando adaptações a mudanças climáticas, pode chegar a R$ 9,9 bilhões, abrangendo toda a extensão de estradas afetadas. O anúncio foi realizado no Centro Administrativo de Contingência, em Porto Alegre, e contou com a presença dos secretários de Logística e Transportes, Juvir Costella, e da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.
A iniciativa integra o Plano Rio Grande, um programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.
O governo do Estado apresentou duas projeções de investimento para atender a 8.434 km de rodovias pavimentadas e não pavimentadas que foram afetadas de alguma forma. O custo mínimo seria de R$ 3 bilhões, com obras de correção e liberação dos pontos atingidos. Já no cenário de investimento com adaptações para as mudanças climáticas, o valor pode chegar a R$ 9,9 bilhões.
“Vamos buscar viabilizar todo investimento possível, e podemos assegurar que pelo menos R$ 3 bilhões são estimados. Esse valor seria para não apenas reconstruir pontes e recompor estradas, mas também para melhorar trechos dessas estradas e qualificar toda a rodovia, garantindo conforto e segurança aos usuários”, explicou Leite.
Para agilizar o atendimento das cidades afetadas, foram definidas modalidades de contratação conforme a necessidade de cada local. Nos casos de grande impacto, será utilizada a contratação com dispensa de licitação, em regime integrado, permitindo que as fases de instrução do processo sejam realizadas em até 15 dias.
A categorização das estradas afetadas foi baseada em sete critérios: situação da rodovia; tempo gasto a mais em deslocamentos; quantidade de afetados; impactos na economia local; impactos na saúde; impactos na mobilidade urbana; e volume de circulação de veículos. Oito rodovias foram priorizadas para receber ações de recuperação e reconstrução, abrangendo 36 municípios.
“Os critérios adotados destacam o impacto que a falta de restabelecimento da rodovia causa na região, para que possamos definir as prioridades imediatas. Essas rodovias são as consideradas essenciais, que necessitam de agilidade e resposta ágil”, disse Costella.
Além disso, foram publicados editais de licitação para reconstrução de oito pontes em sete rodovias estaduais, com valor total estimado em R$ 76,4 milhões. Todas as obras contemplam estudos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), considerando projeções de mudanças climáticas e riscos associados a eventos extremos como o ocorrido neste ano.
A Secretaria da Reconstrução Gaúcha participou do mapeamento das rodovias e das pontes e contribuiu com a elaboração das ações necessárias para a reconstrução. Esse modelo de gestão, mais ágil e colaborativo, é a diretriz do Plano Rio Grande. Além das estradas, a estratégia de planejamento e entrega de projetos está sendo aplicado em outras áreas afetadas pela enchente – como Saúde, Educação e Infraestrutura, entre outras.
“Pudemos contar com o empenho e a agilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem e das concessionárias na recuperação dos trechos de rodovias para entregar estradas em condição de tráfego, especialmente em trechos com danos graves. Esse é um trabalho importante para reconectar comunidades, viabilizar o transporte de pacientes e melhorar a vida das pessoas neste momento tão difícil”, ressaltou Capeluppi.
PONTES COM RECONSTRUÇÃO PRIORITÁRIA
Feliz (VRS 843) Vista Alegre do Prata (ERS 441), Faxinal do Soturno (ERS 348, quilômetros 32 e 35), Itati (ERS 417), Dilermando de Aguiar (ERS 530), Sinimbu (RSC 471) e Relvado (ERS 433).
ESTRADAS COM RECONSTRUÇÃO PRIORITÁRIA
Pavimentadas e gerenciadas pelo Daer
Caxias do Sul e Vila Seca (Itati) – ERS 453, km 158 (contrato de conserva) – hoje com bloqueio parcial
Taquara a Três Coroas – ERS 020, km 56 (contrato de conserva) – hoje com bloqueio parcial
Monte Belo do Sul a Santa Tereza – ERS 444, km 19 (Estrada do Vinho – RCI) – hoje com bloqueio parcial
Dois Lajeados a Bento Gonçalves – ERS 431, km 22 (RCI) – hoje com bloqueio total
Agudo a Faxinal do Soturno – ERS 348, km 32, 35, 49 e 51 (RCI e contrato de conserva) – bloqueios parciais e totais
Não-pavimentadas e gerenciadas pelo Daer
Colinas a Roca Sales – ERS 129, km 64 (RCI) – hoje com bloqueio parcial
São Francisco de Paula a Maquiné – ERS 484, km 16 (contrato de conserva) – hoje com bloqueio total
Cachoeira do Sul a Rio Pardo – ERS 403, km 3 (contrato de conserva) – hoje com bloqueio parcial
Vila Flores a Antônio Prado – ERS 437, km 10 e 8 (RCI) – hoje com bloqueio parcial
Vila Nova do Sul a São Sepé – ERS 149, km 160 (contrato de conserva) – hoje com bloqueio total
Mantidas por concessionárias
3 pontes de Santa Maria a Santa Cruz do Sul e 1 pavimento de Santa Cruz do Sul a Montenegro – RSC 287, km 57 ao 60, 135 ao 138, 167 ao 169 e 226 (responsabilidade da concessionária) – bloqueios totais
Mantidas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) – todas com bloqueios parciais e sob responsabilidade da EGR
Estrela a Garibaldi – RSC 453, km 75
Nova Petrópolis a Canela – ERS 235, km 6 e 52
Cachoeira do Sul a Rio Pardo – ERS 115, km 23 e 25
Muçum a Vespasiano Corrêa – ERS 129, km 88
Com informações do Governo do Estado do RS
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações