Publicada em 29/05/2024
O governo federal anunciou diferentes linhas de crédito para auxiliar na reconstrução de empresas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As medidas foram anunciadas nesta quarta-feira, em coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
O anúncio principal inclui até 15 bilhões de financiamento, com três linhas diferentes:
1 - Compra De Máquinas, Equipamentos e Serviços
Taxas: custo base de 1% ao ano + spread bancário (diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro)
Prazos: até 60 meses com carência de 12 meses
2 - Financiamento a Empreendimentos: projetos customizados incluindo obras de construção civil
Taxas: custo base de 1% ao ano + spread bancário
Prazos: até 120 meses com carência de 24 meses
3 - Capital de Giro Emergencial
Taxas: custo base de 4% ao ano para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e 6% ao ano para grandes empresas + spread bancário
Prazos: até 60 meses com carência de 12 meses
As operações possuem limites de R$ 300 milhões para as linhas de compra de máquinas e financiamento a empreendimentos. Já a linha de crédito para capital de giro emergencial de pequenas empresas tem limite de R$ 50 milhões, enquanto grandes empresas podem financiar até R$ 400 milhões.
Investimentos de Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Além disso, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que a administração irá investir R$ 1,5 bilhão com taxas menores via cooperativas de crédito, como Banrisul e BRDE. Metade do valor é para micro, pequenas e médias empresas.
A ministra Luciana destacou ainda que as companhias afetadas pelas enchentes poderão usar até 40% do empréstimo como capital de giro associados aos investimentos em infraestrutura. Empresas que receberam financiamento da Emprapii, BNDES, Lei do Bem ou Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) nos últimos dez anos estão elegíveis para esta modalidade.
Preocupação envolvendo burocracias
Durante a coletiva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo trabalha de forma a fazer os financiamentos e investimentos poderem realmente sair do papel. “Nossa preocupação é fazer com que não haja nenhum empecilho burocrático que atrapalhe as decisões do governo”, ressaltou.
O presidente afirma que o trabalho feito pelo governo federal em socorro ao Rio Grande do Sul deve servir de lição para as demais gestões no Brasil. “Se nós trabalharmos juntos, vamos ter resultados muito mais eficazes”, pontuou.
Fonte: Correio do Povo