Publicada em 13/05/2024
A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), com dados do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília) e do Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo), registrou uma série de pequenos tremores de terra no Rio Grande do Sul na madrugada desta segunda-feira(13).
Os tremores tiveram magnitudes de 2,3 e 2,4 e ocorreram nos
municípios de Caxias do Sul, Pinto Bandeira e Bento Gonçalves, todos na mesma
área da Serra Gaúcha. Moradores dos bairros Madureira, Universitário, Jardim
América e Pio X, dentre outros de Caxias do Sul, foram acordados na madrugada
de hoje pelos abalos acompanhados, segundo depoimentos, por um “estouro”.Muita
gente assustada com os abalos foi para a rua no meio da noite.
O Corpo de Bombeiros de Caxias do Sul recebeu diversos
chamados entre 3h e 4h da manhã, mas nenhuma interdição foi necessária ou danos
estruturais foram constatados, segundo a corporação.
O Primeiro dos quatro tremores na Serra foi registrado
pelos sismógrafos da UnB e USP à 1h48 desta segunda com magnitude de 2,4 e com
epicentro em Bento Gonçalves. O segundo se deu às 2h37 com magnitude de 2,3 em
Pinto Bandeira. O terceiro, por sua vez, ocorreu em Caxias do Sul às 2h58 com
magnitude de 2,8, o que foi seguido cinco minutos depois também em Caxias por
outro abalo com a mesma magnitude.Os tremores ocorrem em meio à chuva extrema e
inundações no estado.
De acordo com o sismólogo Bruno Collaço, do Centro de
Sismologia da USP, não se pode descartar a possibilidade de esses tremores
terem relação com as chuvas, mas isso é muito raro. Os acumulados de chuva na
região de Caxias do Sul entre sexta e ontem ficaram entre 200 mm e 250 mm na
maioria das áreas. Em Gramado, houve forte ondulação do terreno com
escorregamento de encostas no bairro Piratini, o que já havia sido visto nos
eventos de chuva extrema do ano passado. “Em geral, seriam necessários
alguns meses depois das chuvas para tremores desse tipo ocorrerem, mas não se
pode descartar essa possibilidade. De qualquer forma, são necessários estudos
aprofundados para afirmar com precisão as causas desses sismos”, destaca Bruno.
Com informações da Metsul Meterologia
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações