Publicada em 29/03/2024
A Polícia Civil anunciou, na quinta-feira(28), que fez a maior apreensão de crack na história da instituição no Rio Grande do Sul. Foram apreendidos 123 quilos da droga, além de outros 59 quilos de cocaína, na região Metropolitana. A ação foi coordenada pela 2ª DP de Gravataí, após dois meses de investigações.
A suspeita é que as drogas tenham vindo do Paraguai ou da
Bolívia. Segundo a PC, uma facção com base no Vale do Sinos é responsável pelo
esquema de tráfico internacional.
"O crack é uma droga difícil de ser
apreendida em grandes quantidades. Isso porque os traficantes costumam
dividi-la em várias porções menores para venda. No entanto, graças ao trabalho
da 2ª DP de Gravataí e ao esforço integrado dos órgãos de Segurança, obtivemos
êxito em realizar a maior apreensão na história do RS”,
destacou o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré.
A apreensão ocorreu no km 10, na RS 287, em Montenegro, na
quarta-feira(27). Na ocasião, foi abordado um casal que tripulava um caminhão
carregado de fardos de arroz. As drogas estavam escondidas em meio ao
carregamento.
Foram contabilizados 120 tijolos de crack e mais 54, de
cocaína. O casal foi preso em flagrante, por tráfico de drogas e associação ao
tráfico. A apreensão gerou prejuízo superior a RS 4,5 milhões ao crime
organizado.
"Foi um duro golpe no tráfico de drogas.
Quando comprados no atacado, um quilo de crack custa em média R$ 20 mil e um quilo
de cocaína, R$ 30 mil. O valor dessas drogas, quando vendidas no varejo, é
multiplicado”, pontuou o diretor da 1º DP Regional
Metropolitana, delegado Rodrigo Bozzetto.
De acordo com o delegado Joel Wagner, que coordenou a
investigação, a carga partiu do Norte gaúcho com destino a Canoas. Uma vez que
fossem entregues, os tóxicos abasteceriam pontos de tráfico em outros
municípios da região Metropolitana e na Capital.
"Conseguimos identificar outro suspeito,
que ainda não foi preso e seria responsável por comandar a distribuição de
drogas em larga escala na região Metropolitana. Ele é um dos alvos da
investigação”, afirmou o delegado titular da 2ª DP de
Gravataí.
Joel Wagner também enfatizou que a apreensão de crack evita
a ocorrência de outros delitos correlatos. “O crack é uma droga com alto
potencial destrutivo, que vicia usuários e os leva a cometer roubos. Por isso
que, quando fazemos apreensões como essa, também impedimos que outros crimes
ocorram”, disse.
Com algumas informações do Correio do Povo e
Polícia Civil
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações