Publicada em 12/01/2024
O monitoramento dos casos de dengue no Rio Grande do Sul, realizado pela Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro de Vigilância em Saúde (Cevs), apresenta um alerta para o aumento de registros da doença, durante as duas primeiras semanas de 2022, 2023 e 2024. Conforme dados do Painel de Casos de Dengue RS, nas duas primeiras semanas de 2022 foram registrados 63 casos confirmados; em 2023, 42; e em 2024, 216.
A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Cevs,
Roberta Vanacôr Lenhardt, afirma que outro fator de alerta é a ocorrência de
casos confirmados de dengue durante todos os meses do ano – anteriormente,
ocorriam somente nos períodos de calor. Isso demonstra que não há mais
sazonalidade na circulação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença.
“Atualmente, a presença do evento climático El
Niño, com chuvas volumosas associadas a altas temperaturas, predispõe ainda
mais para o surgimento e manutenção de mais criadouros do mosquito vetor. Essa
situação chama a atenção para a importância do cuidado com o meio ambiente,
tanto por parte da sociedade, como dos gestores públicos”, disse
Roberta.
Em todo o ano de 2022, o Rio Grande do Sul apresentou
66.812 casos confirmados e 66 óbitos. Em 2023, o Estado apresentou um número
total de casos confirmados, até o momento, de 38.221 e 54 óbitos em razão da
doença. Apesar de o número absoluto de óbitos ter sido menor do que no ano
de 2022, a análise de dados demonstra uma elevação na letalidade da doença,
considerando o número de casos confirmados.
O painel eletrônico com esses e outros dados está
disponível em Dengue RS. São disponibilizadas informações atualizadas e de
forma acessível para os profissionais de saúde, gestores e população em geral.
São dados sobre o cenário epidemiológico e ambiental, sistematizados por região
de saúde e município.
“Trata-se de uma ferramenta de apoio à gestão,
fornecendo informações com relação ao número de casos notificados e nível de
alerta em que o município e ou região de saúde se encontram. O painel informa,
inclusive, a descrição das ações a serem implementadas para controle e
mitigação dos riscos, bem como o cálculo para organização das ações
assistenciais”, explicou a chefe da Divisão de Vigilância
Epidemiológica do Cevs.
Com Informações do Governo do Estado do RS
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações