Publicada em 21/08/2019
De acordo com o banco, o limite do valor do crédito subiu de R$ 30 mil para R$ 100 mil e o prazo dos empréstimos foi ampliado de dois anos e meio para cinco anos, com até 12 meses de carência.
A melhoria das condições inclui também a possibilidade de custear investimentos prévios. Isso porque poderão ser aceitos, para comprovar a aplicação dos recursos, documentos fiscais emitidos até 180 dias antes da data de pedido do empréstimo ao BNDES.
As alterações nas condições do BNDES Crédito Caminhoneiro passaram a valer na última terça-feira (13).
As operações são indiretas, ou seja, repassadas por bancos comerciais que operem com o BNDES - esses bancos ficam responsáveis pela aprovação do financiamento e pela exigência de garantias.
Entenda O programa é voltado para caminhoneiros autônomos e cooperativas de transporte.
A linha de crédito foi anunciada em abril e vigora desde 27 de maio. Os empréstimos podem ser pedidos até 26 de maio de 2020. O BNDES informou que destinaria R$ 500 milhões para a linha de crédito.
Quando as condições de financiamento foram conhecidas, no fim de maio, representantes de associações de caminhoneiros e empresas do ramo de manutenção avaliaram, que o crédito do BNDES poderia dar um alívio, mas não resolveria a crise do setor.
À época, o assessor de planejamento e desenvolvimento da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Marlon Maues, disse que o limite inicial de R$ 30 mil por cliente era baixo, pois o gasto com manutenção de um caminhão usado, com mais de cinco anos, veículo tipicamente dirigido pelos autônomos, pode chegar a R$ 50 mil ao ano.
Tabela de frete Em vídeo divulgado em grupos de caminhoneiros, lideranças afirmam que não aceitarão que a tabela de preços mínimos de frete seja apenas referencial. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí (RS), Carlos Dahmer, diz que a categoria aguarda uma contraproposta da Confederação Nacional da Indústria, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e embarcadores na quinta-feira (15).
"Temos posição firme de todo mundo: não abriremos mão do piso mínimo. Eles vão vir com a referencial e ela será rechaçada, pois a categoria não quer. Provavelmente não teremos acordo se for essa a proposta", afirmou Dahmer.
Fonte: O Sul