Publicada em 22/11/2023
Cinco pessoas morreram e mais de 28 mil tiveram que deixar suas casas em razão dos eventos meteorológicos que ocorreram no Rio Grande do Sul na última semana. De acordo com os dados mais recentes da Defesa Civil estadual, há 24.976 pessoas desalojadas (que estão na residência de amigos ou familiares) e 3.351 em abrigos públicos no Estado.
O número de desalojados subiu significativamente de ontem para hoje. Até as 19 horas de segunda-feira (20/11), foram registrados 13.264 desalojados. O aumento expressivo se deve, principalmente, a uma atualização feita pelo município de Arroio do Meio, no Vale do Taquari, que reportou 7 mil pessoas nessa condição na cidade.
Na terça (21/11), também foi confirmado o quinto óbito, que ocorreu no município de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde uma idosa foi encontrada morta em sua residência, que foi alagada. A mulher foi achada por familiares, que acionaram o socorro, mas não resistiu.
As outras quatro mortes ocorreram em Gramado, Vila Flores e Giruá. Em Gramado, duas mulheres morreram soterradas após o desmoronamento de sua residência. Em Vila Flores, um homem foi arrastado, dentro de um veículo, pela correnteza. E em Giruá, uma mulher morreu vítima do desabamento da estrutura de um ginásio.
Os dados são comunicados pelos órgãos municipais e, depois, compilados pela Defesa Civil do Estado. Por essa razão, os números são dinâmicos e variam a todo instante. Associados às fortes chuvas, foram registrados vendavais, enxurradas, inundações, soterramentos e uma microexplosão (uma intensa corrente de vento com poder destrutivo).
Na segunda (20/11), o governador Eduardo Leite visitou áreas afetadas nos Vales do Taquari e do Caí e na Serra gaúcha. O roteiro incluiu os municípios de São Sebastião do Caí, Santa Tereza, Roca Sales, Muçum e Encantado. Nessas cidades, o governador também se reuniu com prefeitos e lideranças locais.
Leite afirmou que todas as estruturas de governo estão mobilizadas para oferecer todo o suporte necessário aos municípios e às vítimas. “O Estado passa por uma etapa de restabelecimento, que envolve desobstrução de vias, restabelecimento de energia e retomada do abastecimento de água. Estamos buscando as informações das demandas mais urgentes. Criamos também uma ferramenta que desburocratiza o repasse de recursos para os municípios, que é o repasse fundo a fundo da Defesa Civil. Vamos disponibilizar esses recursos rapidamente para os municípios”, assegurou. “E, paralelamente, vamos identificar as demandas nas áreas da saúde e da educação, nas quais também iremos atuar para poder restabelecer a normalidade na vida dessas cidades.”
“Desde a quinta-feira da semana passada, estávamos comunicando às prefeituras a possibilidade de inundação, que foi confirmada. Avisamos os poderes executivos municipais, fizemos os comunicados às comunidades e agora estamos apoiando os municípios nas ações de restabelecimento”, acrescentou o subchefe da Defesa Civil, coronel Marcus Vinícius Oliveira.
PREVISÃO DO TEMPO PARA OS PRÓXIMOS DIAS
A Sala de Situação e o Centro de Operações da Defesa Civil seguem monitorando as previsões hidrometeorológicas de forma ininterrupta.
Conforme o prognóstico, na quarta (22/11), as tempestades ganham força e se espalham pelo Estado, devido ao lento avanço de uma frente fria pelo oceano. Há risco de transtornos em decorrência de temporais e chuvas fortes, especialmente na Metade Sul, no Noroeste e no Centro-Norte, onde os volumes devem variar entre 50 e 85 mm/dia.
Na quinta (23/11), o fluxo de umidade e o deslocamento da frente fria seguem favorecendo as instabilidades sobre Noroeste, Norte e Nordeste gaúchos, com precipitação pontualmente forte e descargas elétricas. As chuvas devem se afastar dessas áreas gradualmente, ao longo da noite de quinta. Depois disso, a tendência é que o tempo siga estável até sábado (25/11).
Com Informações do Governo do Estado do RS
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações