Publicada em 28/01/2023
Técnicos do governo do Estado e do Ministério da Saúde encerraram, nesta sexta-feira (27), a primeira semana de testes do projeto-piloto que da eficácia da borrifação residual intradomiciliar (BRI) contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus da dengue, da zika e da chikungunya. A BRI, que reduziu em 96% os casos de dengue nos países onde é utilizada, também ajuda no combate a outras arboviroses. No Norte do Brasil, ela é usada no combate à malária.
A cidade escolhida para ser a pioneira no estudo foi Rondinha, no norte do Estado. O treinamento também será realizado em Tucunduva e Jaboticaba, outros dois municípios gaúchos selecionados para o projeto-piloto.
A BRI consiste na aplicação de inseticida com poder residual capaz de eliminar os mosquitos que pousam sobre móveis, paredes ou outras superfícies. Estudos realizados em outros países demonstraram que, após uma única aplicação, há uma redução sensível no número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes ao longo dos meses. O método é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
A ação envolve o aprofundamento teórico e prático sobre o combate ao mosquito e faz parte do projeto Novas Estratégias para Monitoramento e Controle Integrado de Aedes aegypti no Rio Grande do Sul. Os resultados serão monitorados pelo Cevs até o final do período de sazonalidade, em maio, para avaliação dos impactos.
De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (DVAS) do Cevs, Aline Campos, um dos grandes desafios é avaliar o impacto epidemiológico dos métodos utilizados atualmente no controle de vetores. “É o que estamos fazendo aqui. Testamos uma nova estratégia que poderá fazer parte do manejo integrado e, ao mesmo, produzimos dados que nos permitem avaliar o impacto nos casos de dengue no estado", explicou.
Aline destacou que a rápida propagação da dengue e dos outros vírus (zika e chikungunya) transmitidos pelo mosquito Aedes no estado, particularmente em cidades com infestação recorrente, mostra o quanto é difícil controlar e prevenir surtos dessas doenças.
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