Publicada em 20/12/2022
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi arrematada em leilão realizado na bolsa de valores de São Paulo, a B3, na manhã desta terça-feira (20). O grupo Aegea foi o vencedor da disputa com uma oferta de R$ 4,151 bilhões, que representa ágio de 1,15%. Esse montante é pouco acima do preço mínimo de R$ 4,1 bilhões estipulado para a liquidação do patrimônio da Corsan. Apenas a Aegea apresentou proposta no certame.
Maior empresa do setor no Brasil, a Aegea já opera uma
parceria público-privada (PPP) com nove municípios da região metropolitana de
Porto Alegre.
O vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea,
Rogério Tavares, afirma que o fato de a empresa já atuar no Estado por meio da
PPP com a Corsan ajuda nesse processo de aquisição do controle da companhia.
Tavares afirma que o objetivo da Aegea é ajudar o Estado a promover mais
desenvolvimento econômico por meio do saneamento:
— Isso nos trouxe mais conhecimento da
realidade do Estado. Nós conseguimos também conhecer bastante a companhia e nos
aproximar bastante do pessoal da companhia. A gente tem uma ótima relação. Para
nós é bem mais tranquilo esse processo, na medida que há um razoável
conhecimento do Rio Grande do Sul e do nosso interesse em ajudar o Estado a
crescer.
O diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti, destacou
que a transição ocorre a partir de hoje até a data do contrato, respeitando as
regras previstas nesta etapa:
— O grande desenho aqui da privatização da
Corsan foi de realmente tocar essa agenda de investimentos, acelerar e melhorar
a qualidade do serviço. Isso você não faz sem um pessoal qualificado.
A realização do leilão da Corsan ocorre após uma série de
embates judiciais. Na segunda-feira (19), o governo do Estado conseguiu
garantir a realização da disputa para privatização da companhia. O certame
havia sido suspenso pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) na
última quinta-feira (15), mas uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) anulou a medida, a pedido do governo do Estado, na noite de
segunda-feira.
Apesar da liberação da concorrência, o presidente da Corte,
ministro Lelio Bentes Corrêa, manteve vedada provisoriamente “a realização
de qualquer ato que envolva assinatura do contrato de compra e venda das ações
detidas pelo Estado do Rio Grande do Sul no capital social da Corsan ou a
efetiva transferência de tais ações ao adquirente”.
Com informações do site GZH
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações