Publicada em 13/07/2022
O governo do Rio Grande do Sul anunciou nesta quarta-feira (13),
a desistência de buscar um recurso da suspensão do processo de privatização da
Corsan, mas que mantém a intenção de entregar o controle da estatal à
iniciativa privada ainda em 2022.
Para isso, vai mudar o formato do processo e tentar
viabilizar a venda de 100% da companhia. Antes, a desestatização ocorreria por
meio de um IPO, abertura de capital na bolsa, com o Estado mantendo parte das
ações e ingerência sobre a Corsan.
O governador Ranolfo Vieira Junior explicou que um recurso
contra a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) só iria atrasar ainda
mais o processo. "Não recorremos da decisão do TCE. Na nossa visão, um eventual
recurso iria ainda levar mais tempo até o seu julgamento, que atrasaria mais e
correríamos concretamente o risco de não conseguirmos efetuar esse negócio em
2022", explicou.
Com base nisso, a Corsan pedirá o cancelamento do pedido de
registro de oferta pública junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e não
dará prosseguimento ao pedido de listagem na B3 (Bolsa de Valores). Ao mesmo
tempo, iniciarão as ações para a alienação da integralidade das ações da
Companhia em 2022.
Até a ordem do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na semana
passada, para que o processo fosse interrompido, a Corsan previa efetivar a
venda de ações neste mês de julho.
Nas justificativas de
privatização da Companhia, o governo do Estado aponta a demanda de recursos
para a realização de investimentos para atender as metas fixadas pelo Novo
Marco Legal do Saneamento, como a universalização da coleta e tratamento de
esgoto e o abastecimento de água tratada.
Rádio Jornalismo - Rádio Cruz Alta
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