Publicada em 09/09/2020
O laboratório Diagnósticos da
América (Dasa) anunciou, nesta quarta-feira (08), um acordo para conduzir
estudos clínicos no Brasil das fases dois e três da vacina contra a Covid-19
que está sendo desenvolvida pela Covaxx, subsidiária da biofarmacêutica
americana United Biomedical.
A vacina da Covaxx é baseada em
peptídeos (compostos de aminoácidos) e foi desenvolvida para disparar uma
resposta celular, estimulando o organismo a produzir uma reação
imunológica ao novo coronavírus e garantindo uma imunidade duradoura, segundo
seus desenvolvedores.
Ela é 100% sintética, o que
significa que nenhum vírus é utilizado em sua fabricação e que ela não
requer tempo para cultivo de vírus, o que, segundo a fabricante, proporciona
maior escalabilidade da produção.
Chamada de UB-612, a vacina tem baixo risco biológico, de
acordo com a Covaxx, que estima produzir 500 milhões de doses em 2021, sendo
100 milhões nos primeiros quatro meses do próximo ano.
O cofundador da
Covaxx, Peter Diamedes, afirmou em entrevista coletiva, realizada virtualmente,
que a vacina está na fase um de testes em Taiwan. Já o diretor médico da Dasa,
Gustavo Campana, disse que um protocolo de testes será submetido à Anvisa em
dezembro.
Os estudos clínicos
das fases dois e três serão realizados com, no mínimo 3 mil brasileiros, para
avaliar a eficácia, testar se a vacina provoca resposta imune e definir as
doses de segurança necessárias. “Dependendo das respostas dos estudos clínicos
de fases dois e três, a vacina poderá ser aplicada em dose única”, disse
Campana.