Publicada em 17/06/2020
O Brasil poderá ter prioridade no uso
da vacina desenvolvida
pela Universidade de Oxford contra a covid-19. A informação é da reitora da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Smaili. A instituição irá
participar, a partir das próximas semanas, da terceira fase de pesquisas da
vacina inglesa, realizando testes em cerca de mil pessoas que vivem em São
Paulo e atuam em atividades com exposição ao vírus.
O
laboratório da universidade do Reino Unido é o que está mais adiantado na
construção de uma vacina contra o novo coronavírus, que deverá estar pronta em
até 12 meses. De acordo com Smaili, a participação do Brasil – o primeiro país
fora do Reino Unido a fazer parte das pesquisas da vacina – coloca o país como
“grande candidato” a usá-la, com prioridade, assim que a sua eficácia for
comprovada.
“Existem
algumas conversas nesse sentido [para o país poder ter prioridade no uso da
vacina]. Nós estamos trabalhando para que sim. O fato de estarmos integrando e
sermos o primeiro país fora do Reino Unido e também o primeiro laboratório no
Brasil a realizar esses estudos – semelhantes a esses não há nenhum outro no
Brasil – torna o país um grande candidato”, disse, em entrevista a Agência Brasil.
De
acordo com a reitora da Unifesp, com acesso à “receita” da vacina, o Brasil
terá capacidade de reproduzi-la em grande escala, a partir de laboratórios
nacionais. “Tendo acesso à vacina, nós temos capacidade de produção em larga
escala, por meio dos nossos laboratórios nacionais de fato, como o Instituto
Butantan, e os laboratórios da Fiocruz, entre outros”.
Fonte: Agência Brasil