
Com 4.074 doses aplicadas até a manhã dessa quarta-feira (14/9), a região da 9ª Coordenadoria Regional de Saúde alcançou 67% do público alvo na Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite 2022. O desempenho está acima da média estadual, que chegou a 50% na terça-feira (13).
CRUZ ALTA
Até agora, Cruz Alta está com 44% da população vacinável com doses aplicadas contra a poliomielite. Esse número equivale a 1353 crianças de um total de 3.063.
META DA CAMPANHA E OUTROS MUNICÍPIOS DA REGIÃO
A meta da campanha é vacinar 95% das crianças de um ano a quatro anos, 11 meses e vinte e nove dias, que na região é de 6.061 crianças. Cinco municípios já vacinaram toda a população alvo ou até ultrapassaram a estimativa inicial: Colorado, Fortaleza dos Valos, Quinze de Novembro, Saldanha Marinho e Selbach. Cruz Alta, maior município da 9ª CRS, imunizou até agora 44% das crianças na faixa etária da campanha. As demais cidades estão com cobertura vacinal entre 76 e 93%.
“Evoluímos muito, mas ainda precisamos continuar trabalhando para atingirmos as metas. Não podemos dar chance para o azar. Pedimos que os pais, avós ou responsáveis levem as crianças para fazerem a vacina”, pondera a Coordenadora Regional de Saúde, Débora Teichmann Rodrigues, lembrando que a campanha segue até o dia 30 de setembro.
Em todo o Rio Grande do Sul, até terça-feira (13), foram vacinadas 277.741 crianças, de uma meta de 553.814. No Brasil, até a mesma data, foram vacinadas 4.952.411 crianças, o que representa 42% da meta nacional.
A DOENÇA
Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas), podendo atacar o sistema nervoso e provocar paralisia flácida aguda, principalmente em membros inferiores.
O esquema de imunização do calendário básico infantil inclui a vacina poliomielite 1, 2, 3 inativada (VIP), com três doses via intramuscular (aos 2, 4 e 6 meses); e a vacina poliomielite 1, 3 atenuada (VOP – gotinha), em doses de duas gotas, por via oral, reforço aplicado aos 15 meses de idade e aos 4 anos.
RISCO DE REINTRODUÇÃO
No Brasil, desde 2015 tem sido detectada uma progressiva queda das coberturas vacinais para poliomielite, menores que 95% e heterogêneas, podendo levar à formação de bolsões de pessoas não vacinadas e possibilitar a reintrodução da Poliomielite no país, destaca a servidora do setor de Vigilância Epidemiológica da 9ª CRS, Fabiana Prates. Desta forma, o Brasil se encontra entre aqueles países que apresentam maior risco para reintrodução da doença no mundo. “Precisamos evitar o ressurgimento desta doença e de todas as incapacidades que pode causar”, salienta Fabiana.
Uma análise da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2021 identificou cenário preocupante no Rio Grande do Sul, onde 42% dos municípios gaúchos encontram-se em risco muito alto para a reintrodução do vírus da poliomielite e 32% em risco alto. Ou seja, em 367 municípios do Estado (74%) há um grande risco de voltarmos a ter casos de pólio.
Para a análise de risco considera-se cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e alguns determinantes de saúde como acesso à água potável e à rede esgotos. Com isso, reforça-se a necessidade de manter ações permanentes e efetivas de vigilância da doença e níveis adequados de proteção imunológica da população.
Com informações da 9º CRS
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações
Publicada em 16/09/2022
