Publicada em 04/12/2020
Cada vez mais perto da aprovação de uma vacina contra o Covid
19, o Brasil e os Estados se organizam para a vacinação dos grupos abrangidos
pelo Plano Nacional de Vacinação. Muito embora não se tenha uma definição sobre
qual imunizante será licenciado primeiro, a expectativa do governo gaúcho é de
contar com as doses fornecidas pelo Ministério
da Saúde
A
secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, reforçou que o Estado está se
programando para ter as doses oferecidas pelo governo federal.
—
A posição do Rio Grande do Sul é deixar a coordenação da compra
pelo governo federal, pois todas as demais vacinas colocadas à disposição são
de responsabilidade dele. Então, ainda não definimos uma possível compra, pois
estamos apostando que o Ministério fará, sim, a colocação do imunizante para
todos os Estados brasileiros.
Caso
o Ministério não adquira os imunizantes da parceria entre a chines Sinovac com
o Instituto Butatam, Arita disse que a compra seria tratada como “um plano B”
muito bem avaliado antes do investimento.
— Mas para isso (a compra), dependemos de disponibilidade
orçamentária. Todos sabem que está tramitando na Assembleia um projeto de lei
sobre alíquotas do ICMS. Se não tivermos essa perspectiva, o Estado também terá
dificuldade financeira para fazer a compra de vacinas. Não só a do Butantan,
mas as outras que já estão em fase adiantada — afirmou.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a
Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, nesta sexta, que a pasta está
finalizando a Ata de Registro para a aquisição de insumos para a campanha de
imunização. Conforme o comunicado, serão adquiridas 10 milhões de seringas com
especificações para aplicação intramuscular em adultos. “O
RS tem 4,2 milhões em estoque. Como o Estado prevê vacinar em torno de 5
milhões de pessoas, o excedente ficará para rotina. Além disso, serão
repassados insumos pelo Ministério da Saúde específicos para a campanha Covid
19”, disse o texto.
—
Gostaríamos que a vacina chegasse a toda a população, mas tomando como
referência as doses da gripe, tem grupos prioritários, pois não temos a
perspectiva de que vá ter disponibilidade de imunizantes. O mundo inteiro está
buscando eles.
No
Plano Nacional desenhado pelo governo federal, a primeira fase da
vacinação será destinada aos trabalhadores da saúde, população idosa a partir
dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de
longa permanência e população indígena. Outras faixas etárias acima dos 60 e pessoas
com comorbidades devem receber as doses na segunda e na terceira fase. A última
etapa deve privilegiar professores, forças de segurança e salvamento,
funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Fonte: Gauchazh