Publicada em 16/10/2020
Prefeitos integrantes da
Associação dos Municípios do Planalto Médio decidiram por unanimidade manter a
suspensão das aulas na rede pública de ensino neste ano de 2020. Em encontro
realizado no auditório da sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisa), os
mandatários municipais acordaram que não há condição sanitária adequada neste
momento para reabrir as escolas. “Vivemos um momento onde, enquanto nas
capitais os números de infecção do Coronavírus vem baixando, nos municípios
pequenos os índices de contágio só aumentam, o que torna arriscado movimentar a
comunidade escolar para voltar as escolas”, ponderou Eduardo Buzzatti Prefeito
de Pejuçara e Presidente da entidade municipalista.
O Presidente da Amuplam
disse ainda que caso o Estado mantenha sua posição de retomada das aulas em 20
de outubro na rede pública Estadual, os municípios não fornecerão o Transporte
Escolar, uma vez que não há recursos para sua manutenção e o último repasse
feito pelo Estado, ocorreu no longínquo março deste ano.
Os prefeitos também
decidiram se posicionar contrariamente à manifestação do governador do Estado
Eduardo Leite que condicionou a volta das aulas a realização de eventos
esportivos. “A região está num momento sério de infecção com o vírus, é um
drama vivido pelos municípios que registram muitas aglomerações”,
destacou.
Em relação aos esportes
coletivos, os prefeitos da Amuplam decidiram que cada gestor vai gerenciar a
questão de acordo com a realidade da sua cidade. No entanto, reforçaram que a
prática destes esportes em locais públicos está proibida.
Conforme o Presidente
Eduardo Buzzatti, as decisões da reunião da associação municipalista serão
reafirmadas em reunião virtual da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul
(Famurs) que acontece no dia 21 de outubro com presença do governador Eduardo
Leite e o secretário Agostinho Meireles.
“O que estamos presenciando neste momento é uma posição equivocada e de certa forma até ofensiva do Governo do Estado para com as prefeituras, uma vez que há números que mostram aumento nos índices de infecção com a Covid-19 e há pesquisas apontando que 80% dos país não concordam com o retorno dos estudantes às salas de aula. A posição da Amuplam é clara e definitiva no sentido da manutenção da suspensão das aulas presenciais e a sequência do cumprimento da carga horária do ano letivo em curso de maneira virtual como vem ocorrendo já há mais de seis meses”, concluiu Eduardo Buzzatti.