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Pesquisadores identificam rochas ricas em terras raras em Caçapava do Sul

Publicada em 13/08/2025

  • Pesquisadores identificam rochas ricas em terras raras em Caçapava do Sul

Um estudo conduzido por cientistas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade do Pampa (Unipampa) revelou a presença de rochas com alta concentração de elementos de terras raras no município de Caçapava do Sul, na Região Central do Rio Grande do Sul. O levantamento aponta que essas formações, conhecidas como carbonatitos, também apresentam nióbio e tântalo, minerais de grande valor estratégico.

As terras raras correspondem a um grupo de 17 elementos químicos indispensáveis para tecnologias modernas, como turbinas eólicas, veículos elétricos, satélites, equipamentos médicos e sistemas de defesa. Apesar do nome, não são escassos na natureza, mas costumam ocorrer em baixas concentrações, o que dificulta a extração.

De acordo com o pesquisador Lucas Mironuk Frescura, doutor em Ciências pela UFSM, os solos analisados em Caçapava do Sul exibem níveis de concentração até nove vezes maiores do que os registrados em outras regiões brasileiras, superando inclusive índices de países como Cuba e China. “O Brasil detém a segunda maior reserva mundial, mas ainda depende de outras nações para o refino e produção em larga escala”, observou.

Os dados chamam atenção internacional. Autoridades norte-americanas, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), demonstraram interesse em firmar acordos para o fornecimento dos minerais brasileiros. A China, atualmente, é líder global no setor, com quase metade das reservas conhecidas e domínio sobre as etapas de processamento e fabricação.

A investigação, coordenada pelo professor Marcelo Barcellos da Rosa, do Departamento de Química da UFSM, é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e integra o edital Minerais Estratégicos. O trabalho envolve coletas de solo, vegetação e água, caracterização mineralógica e estudos ambientais, com previsão de conclusão em dezembro de 2026.

Entre os locais mapeados estão Passo Feio e Picadas dos Tocos, onde foram identificados minerais como apatita, pirocloro, monazita-(Ce) e aeschynita-(Ce) — considerados fundamentais para o avanço de setores de alta tecnologia e para a transição energética global.


Com informações das universidades participantes e site G1/RS

Paulinho Barcelos

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