Publicada em 08/08/2025
O mundo da música popular brasileira está de luto. Arlindo Domingos da Cruz Filho, conhecido artisticamente como Arlindo Cruz, faleceu nesta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, aos 66 anos, enquanto estava internado no Hospital Barra D’Or, na cidade do Rio de Janeiro
O sambista lutava contra graves sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, ocorrido em março de 2017, que interrompeu sua carreira e acarretou paralisia, dificuldades na fala e internações recorrentes.
Nos últimos meses, ele estava hospitalizado desde maio devido a uma pneumonia, enfrentando complicações que acabaram por causar seu falecimento.
Além disso, convivia com uma doença autoimune, era traqueostomizado e recebia alimentação por sonda
Uma trajetória marcante
Nascido em 14 de setembro de 1958, em Madureira, Rio de Janeiro, Arlindo iniciou sua conexão com o samba aos sete anos, quando ganhou um cavaquinho.
Tornou-se figura central no surgimento do pagode, integrando o influente Grupo Fundo de Quintal a partir de 1981 por aproximadamente 12 anos
Em carreira solo, assinou clássicos eternizados por vozes como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Maria Rita — entre eles “O Show Tem Que Continuar”, “Bagaço da Laranja”, “Meu Lugar” e “O Bem”.
Também deixou sua marca no Carnaval, compondo sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Vila Isabel e Grande Rio
Repercussão e homenagens
A notícia de sua morte gerou uma onda de homenagens nas redes sociais. O autor Walcyr Carrasco lamentou: “Hoje o samba chora a partida de um dos seus maiores mestres. Arlindo Cruz nos deixa um legado eterno de música, poesia e alegria.”
A escola Império Serrano também se manifestou: “Arlindo Cruz é parte da alma do Império Serrano. Compositor genial, cantor de voz marcante e sambista de coração inteiro”
Em nota comovente, a família agradeceu as mensagens de carinho e ressaltou seu legado:
“Com imenso pesar, a família e a equipe de Arlindo Cruz comunicam seu falecimento. Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria... Sua voz, suas composições e seu sorriso permanecerão vivos na memória e no coração de milhões de admiradores.”
Em meio à perda de uma das vozes mais representativas da música brasileira, fica o legado indelével de Arlindo Cruz: sua arte, seu ritmo e sua história seguirão ressoando no coração do samba e da cultura do país.
Com informações do G1/Veja/UOL/CNN Brasil/O Dia
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações