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Carta dos servidores públicos estaduais em greve

Publicada em 04/12/2019

  • Carta dos servidores públicos estaduais em greve

SERVIDORES MOBILIZADOS EM DEFESA DA SAÚDE

PREZADOS CIDADÃOS

Nós, servidores públicos estaduais do Poder Executivo, amargamos 48 meses de salário atrasado e parcelado. São quase 5 anos sem reposição salarial e sem 13ª salário em dezembro (devemos optar por receber em 12 parcelas ou fazer empréstimo no Banrisul). Além disso, aqueles que não podem aguardar pelo salário do mês, pago em conta-gotas, socorrem-se de empréstimos, pagando juros de aproximadamente R$100,00 para ter acesso a seu salário.

Tal situação é penosa, humilhante e desorganiza a vida familiar do servidor. Não podemos mais pagar a conta sozinhos, tampouco carregar a responsabilidade de organizar o fluxo de caixa do Estado, ofertando nossos salários para que o Estado realize os repasses financeiros aos demais Poderes.

A mesma Lei que determina ao Executivo o pagamento do do décimo ao Legislativo,Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública, determina também, o pagamento em dia aos servidores do Executivo. Por que somente estes foram preteridos durante esses 5 anos? A Lei não é para todos?

Ainda, somos alvo de injustiças, inverdades e distorções da opinião pública e de políticos que se dizem a “voz do povo”: “Os servidores públicos têm privilégios que a iniciativa privada não tem”. Quais seriam esses “privilégios”?  Poderíamos apontar algum empregador da iniciativa privada que paga seus trabalhadores há 48 meses de forma atrasada e parcelada, sem décimo terceiro salário pago em dezembro e sem reposição salarial (dissídio anual)? Não há, e se houvesse esses trabalhadores já teriam parado de trabalhar no primeiro ou segundo mês e, ainda, seriam aplaudidos pé pela sua brava atitude. Mesmo assim, apesar da situação, continuamos trabalhando e prestando serviços públicos em prol da sociedade. Não temos bandeira partidária e lutamos pela saúde de qualidade para todos!

Engana-se quem acredita que tal situação atinja somente servidores públicos e quem usufrui diretamente destes serviços. O prejuízo social e econômico atinge toda da população: servidor público com o salário atrasado deixa de consumir e fazer investimentos no comércio, o que também prejudica a economia local e,  por consequência, contribui para o desemprego.

Nós estudamos, investimos na nossa qualificação profissional, e precisamos ser valorizados. O “pacote” criado pelo Sr. Governador devasta ainda mais a carreira do servidor, ao passo que restará à população as consequências desse desmonte do serviço público. Pedimos o apoio de toda a população  em defesa dos serviços públicos de saúde de qualidade para todos nós!

Servidores públicos estaduais da 9ª Coordenadoria Regional de Saúde- Cruz Alta

Fonte:Texto adaptado da 10ª CRS.


 

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