Publicada em 01/07/2022
Nesta sexta-feira (1°), os seis meses da morte da menina Betina Bessa Mendes, de apenas dois anos e 10 meses de idade, foram marcados por uma caminhada pelo Centro de Cruz Alta.
Com cartazes eles pediam justiça por Betina e também pediam por uma UTI Pediátrica. neo natal. A caminhada iniciou em frente à Prefeitura Municipal, depois seguiu pelo calçadão de Cruz Alta até a Catedral onde foi realizado uma missa.
Betina faleceu no primeiro dia do ano de 2022, depois da espera por um leito em UTI Pediátrica.
A família levou a criança até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde foi transferida para o Hospital São Vicente de Paulo, já no dia 30. A equipe do hospital buscou a vaga em uma UTI pediátrica, mas não conseguiu.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES), responsável pela regulação de leitos, diz que não havia superlotação de UTIs pediátricas. Contudo, a paciente precisava de suporte de diálise, cirurgião pediátrico e nefrologista, e que não havia disponibilidade desses profissionais em um mesmo hospital até a manhã de sábado (1º).
A família chegou a procurar o Ministério Público, que conseguiu uma ordem judicial para a disponibilização de leito. Quando a vaga de terapia intensiva foi disponibilizada, a menina já não tinha condições de saúde para a transferência, informou a SES. Betina faleceu naquela tarde.
Em nota, a instituição lamentou o caso e disse ter feito o possível para conseguir a transferência. Já a administração da UPA afirma que todos os exames e medicamentos solicitados foram realizados e que vai investigar se houve demora na transferência para o hospital. A Prefeitura deCruz Altaabriu um processo administrativo para esclarecer o que aconteceu.
A Polícia Civil deCruz Altaapura a morte desde o dia 4 de janeiro. Cerca de 60 pessoas foram ouvidas, mas a investigação ainda não foi concluída.
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
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