Publicada em 08/04/2022
Puxada pela disparada dos preços dos combustíveis, o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial
do país, acelerou para 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro, segundo
divulgou nesta sexta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Trata-se da maior taxa para meses de março desde 1994. Ou
seja, em 28 anos, antes da implantação do Plano Real. É também a maior inflação
mensal desde janeiro 2003 (2,25%).
Trata-se do maior índice para 12 meses desde outubro de 2003
(13,98%).
Com o resultado de março, já são 7 meses seguidos com a
inflação rodando acima dos dois dígitos, o que reforça as apostas de que a taxa
básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.
O resultado veio bem acima do esperado. O intervalo das
projeções para o IPCA de março de 41 instituições financeiras e consultorias,
ouvidas pelo Valor Data, era de avanço de 0,54% a 1,43%, com mediana de 1,32%.
Oito dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo
IBGE tiveram alta em março. Os principais impactos vieram dos transportes
(3,02%) e de alimentação e bebidas (2,42%) – grupos de maior peso no IPCA.
Juntos, os dois representam quase metade (43%) da inflação do mês.
A inflação foi também mais disseminada. O índice de difusão
passou de 75% em fevereiro para 76% em março. O indicador reflete o
espalhamento da alta de preços entre os 377 produtos e serviços pesquisados
pelo IBGE.
Veja a inflação de
março para cada um dos grupos pesquisados
Alimentação e bebidas: 2,42%
Habitação: 1,15%
Artigos de residência: 0,57%
Vestuário: 1,82%
Transportes: 3,02%
Saúde e cuidados pessoais: 0,88%
Despesas pessoais: 0,59%
Educação: 0,15%
Comunicação: -0,05%
Já a inflação de serviços ficou em 0,45% em março ante 1,36 em fevereiro.
Com Informações do G1
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