Publicada em 27/02/2022
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou neste domingo (27) que colocará em alerta a "força de dissuasão" do Exército russo, que pode incluir um componente nuclear, no quarto dia da invasão da Ucrânia por Moscou.
"Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe
do Estado-Maior que coloquem as forças de dissuasão do Exército russo em alerta
especial de combate", disse Putin em uma reunião com os
líderes militares russos. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, respondeu: "Afirmativo".
Em reação, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia
disse que Kiev não vai ceder nas negociações com a Rússia, acusando Putin de
tentar aumentar a "pressão". "Não vamos capitular, não vamos
desistir de um único centímetro de nosso território", declarou Dmytro
Kuleba em uma coletiva de imprensa transmitida online.
Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram que Putin está "fabricando
ameaças". "Este é um padrão do presidente Putin que temos visto ao
longo deste conflito, que está fabricando ameaças que não existem para
justificar novas agressões", disse a secretária de imprensa da Casa
Branca, Jen Psaki, ao canal ABC.
As tensões internacionais já aumentaram com a invasão da
Ucrânia pela Rússia e a ordem de Putin pode causar ainda mais alarme. Moscou
possui o segundo maior arsenal de armas nucleares do mundo e um enorme arsenal
de mísseis balísticos que formam a espinha dorsal das forças de dissuasão do
país.
"Eles veem que os países ocidentais não
são apenas hostis ao nosso país no campo econômico, quero dizer as sanções
ilegítimas", acrescentou Putin, em um discurso
televisionado. "Oficiais seniores dos principais países da Otan também
permitem declarações agressivas contra nosso país", disse ele.
O presidente russo ordenou a invasão da Ucrânia na manhã
desta quinta-feira. Desde então, tropas entraram no país pelo norte, leste e
sul, mas enfrentaram forte resistência das tropas ucranianas. Autoridades
ucranianas afirmam que algumas tropas russas estão desmoralizadas e exaustas, e
que dezenas se renderam.
Com Informações do Correio do Povo /AFP/Ministério da Defesa Russo
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações