Publicada em 10/02/2022
Na última semana o programa Ponto Crítico da Rádio Cruz Alta
entrevistou Edegar Pretto, Deputado Estadual e pré-candidato do Partido dos Trabalhadores
para o Governo do Estado. Na entrevista foram debatidos temas importantes para a
economia do Estado, sobre a situação da estiagem. E também sobre a sua
pré-candidatura e como ele pretende governar o estado, caso ganhe as eleições que
acontecem em outubro desse ano.
A entrevista completa está na integra: https://www.facebook.com/RadioCruzAlta/videos/308759097944436
P: Como é a sua
avaliação sobre a situação da estiagem neste momento no Estado e o que você tem
ouvido, principalmente, dos pequenos produtores que sofrem com a seca.
R: “É um drama que os homens e as mulheres do campo estão
vivendo. Os pequenos, médios e grandes agricultores estão pedindo socorro nessa
hora. O drama se amplia ainda mais para milhares de famílias em função da falta
de água, a Emater divulgou que 22 mil famílias no estado não tem água em casa
nem para consumo humano, nem para os animais.”
“Estamos falando de um setor responsável por quase 40% do
nosso PIB e produzem o essencial para a nossa vida que é o alimento de cada dia.
Estou visitando todas as regiões do Estado, fazendo a mobilização necessária entre
prefeitos, vereadores, entidades e movimentos sociais do campo para que
tenhamos um olhar mais atencioso para esse setor por parte dos órgãos federais
e estaduais.”
“Em 2020, foram mais de 300 municípios que decretaram
situação de emergência, e com muita mobilização nós conseguimos orçar 23
milhões. E em comparação na seca de 2012, do então Governo do Tarso Genro (PT),
foram orçados 206 milhões.”
“Além de fazer essa mobilização, estou tratando coisa práticas
como defender na assembleia um crédito emergencial para a cultura familiar, com
juros zero, um ano de carência e dois anos de prazo. Já está protocolado esse
projeto, há quase um ano, direcionado especialmente para os agricultores que
são responsáveis pela produção de alimentos.” Finaliza o Deputado.
P: O senhor falou que
em 2020 o governo do estado destinou 23 milhões para a situação da estiagem na
agricultura. O que o senhor atribui a falta de iniciativa, nesse momento, por
parte do governo estadual e federal?
R: “Acho que falta um pouco de sensibilidade, conhecer um pouco
mais a realidade da nossa população. Olhando por fora, parece que o Rio Grande
está muito bem, mas em minha opinião está totalmente dessintonizado da
realidade, do cotidiano que as pessoas vivem e o governo não percebeu que agora
não é somente uma ajuda para o setor agrícola, é uma medida concreta para a
economia do nosso estado.”
“O nosso PIB em 2020 teve uma queda de 6%, não só por conta
da seca, mas também por conta da pandemia. Mas estados vizinhos, que não tem a
estrutura que o nosso Rio Grande, tiveram quedas menos acentuadas. Como Santa
Catarina, que a queda do PIB foi de 0,9% e Paraná, que foi de 3,8%.”
“Está faltando um estado mais presente na vida das pessoas,
com olhar mais atencioso para os setores que são importantes para a nossa
economia, que tem que ter o estado como parceiro.”
P: E sobre as
eleições de 2022, como o senhor chega nesse momento e o que tem planejado para
os próximos meses.
R: “Até agora nós fizemos 28 encontros regionais para dar
voz aos nossos filiados. E se a pandemia permitir, a partir de março vamos
realizar grandes assembleias populares em todas as regiões do Estado para
debatermos o desenvolvimento regional. Com a disposição que estou e com a
vontade que a base social do Rio Grande está tendo de serem ouvidos, nós vamos
montar o melhor programa de governo possível com a certeza que iremos
implementa-lo no futuro.”
“Quero constituir um Rio Grande que faça a diferença na vida das pessoas, que a população tenha a segurança de que quando precisar terá uma escola estruturada para levar seu filho, terá saúde pública, terá um trabalho, terá como pagar suas contas todo mês.” Finaliza o Deputado.
Rádio Jornalismo – Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações