Publicada em 20/01/2022
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou
o uso da Coronavac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O pedido do
Instituto Butantan pleiteava o uso a partir dos 3 anos, mas a reguladora
limitou a extensão tendo como base os resultados preliminares dos estudos
clínicos apresentados para nortear a autorização.
A indicação da Anvisa prevê que a dose para crianças seja a
mesma destinada a adultos: 600 SU do antígeno do vírus inativado em 0,5 ml. O
intervalo entre as aplicações deverá ser entre 2 a 4 semanas.
Para nortear os votos, os diretores também contaram com
análise das áreas técnicas da Anvisa, além do parecer dos especialistas que
acompanharam as reuniões da agência junto ao Instituto Butantan, responsável
pela vacina no Brasil. De acordo com a Gerência-Geral de Medicamentos e
Produtos Biológicos (GGMED) e a Gerência de Farmacovigilância (GFARM) a
aplicação da vacina em crianças é benéfica e segura. Mas partiu das gerências a
recomendação de disponibilizar a aplicação apenas a partir dos 6 anos.
A orientação tem como base os dados fornecidos pelo estudo
chileno, novidade principal que permitiu a análise favorável, mas que só
apresentou resultados preliminares no público de 6 a 17 anos. As pesquisas
feitas pelo governo do Chile foram apresentadas pelo Butantan no último
encontro. O levantamento comparou resultados entre população pediátrica
vacinada com Coronavac e com a Pfizer e a não vacinada.
Para que a extensão do uso da CoronaVac passe a valer, é
necessário que o Ministério da Saúde inclua o público no Plano Nacional de
Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 (PNO). Em entrevista, o ministro
Marcelo Queiroga já sinalizou a intenção de adquirir mais doses para esse fim,
mas com a necessidade de uma avaliação por parte da equipe técnica da pasta.