Publicada em 16/11/2021
A carga incluiu leite em pó integral, leite em
pó desnatado e leite em pó zero lactose. Primeiro grupo brasileiro a buscar
habilitação para exportar à China, a CCGL usará essa venda para tentar expandir
os negócios no país asiático, onde já tem marca registrada.
A importação foi realizada por uma empresa
parceira da cooperativa, que agora vai fazer o trabalho de correspondente
comercial para divulgar e vender os produtos gaúchos. Mais dois contêineres de
leite em pó já estão negociados e devem ser enviados em breve.
Para viabilizar a venda, a CCGL precisou se
adequar às burocracias e exigências sanitárias de Pequim, que exigiram
paciência e investimentos em manejo, registro, acompanhamento e
rastreabilidade. A cooperativa tem 3,5 mil produtores fornecedores e capacidade
instalada de processamento de 3,2 milhões de litros diários na planta aqui de
Cruz Alta.
Cerca de 60% do volume de litros de leite
recebidos diariamente pela central de 30 cooperativas filiadas vêm de
propriedades certificadas pelo programa Leite Mais Saudável como livres de
tuberculose e brucelose. Os produtos enviados para a China são oriundos desses
produtores. Também foram superadas exigências sanitárias para comprovar a
ausência de contaminantes nos produtos nacionais comuns em lácteos de outros
países.
O negócio pode começar a abrir as portas de um
dos maiores mercados consumidores de lácteos do planeta, cujas importações
estão em franca expansão.
Os laticínios brasileiros começaram a ser habilitados em 2019 para exportar para a China, mas a certificação estava acordada com o país asiático desde 2007. Atualmente, 33 empresas têm o aval para comercializar com os chineses.A Associação Brasileira de Laticínios ainda não tem uma estimativa do potencial das exportações à China, mas diz que outras empresas estão prospectando negócios.
Com Informações do Valor Econômico
Paulinho Barcelos
Rádio Jornalismo - Rádio Cruz Alta
Grupo Pilau de Comunicações