Publicada em 06/09/2021
O
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta
quinta-feira (02), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 389 que estabelece
os calendários de semeadura de soja referente à safra 2021/2022, que deverão
ser seguidos pelos estados produtores em todo o país.
A partir do ciclo 2021/22 alguns
estados que não tinham calendário de plantio definido passam a ter. Antes a
medida englobava seis unidades e agora vale para 20 estados. Um deles é o Rio
Grande do Sul. O prazo de semeadura fica definido entre 13 de setembro de 2021
e 31 de janeiro de 2022. Aé então o calendário era definido pela Câmara
Setorial da Soja e estava previsto para o período de 11 de outubro de 2021 a 28
de janeiro de 2022, totalizando 110 dias.
A medida fitossanitária busca combater o fungo causador da
principal doença da cultura. Na safra passada o estado gaúcho foi o que teve a
maior incidência da Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi), somando 138 casos dos 377 a
nível nacional, de acordo com o Consórcio Antiferrugem, da Embrapa.
De acordo com Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa
Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento
Rural (SEAPDR), o fungo está adquirindo resistência a cada safra e não
há perspectiva de lançamento de novos compostos fungicidas para os próximos
anos, o que tende a resultar em grandes dificuldades de controle da FAS em
questão de alguns anos.
"O calendário de semeadura é uma medida de manejo da
Ferrugem Asiática da Soja (FAS), que visa concentrar o cultivo da soja em um
período. Juntamente com o vazio sanitário, que visa manter um período sem
plantas de soja sujeitas à infecção do fungo causador da FAS, são estratégias
de controle visando diminuir a resistência do fungo aos ingredientes ativos
fungicidas", explica.
Na safra 2020/21 o estado recuperou o posto de segundo maior produtor nacional da oleaginosa, ultrapassando as 20 milhões de toneladas. Além do Rio Grande do Sul as datas permitidas de semeadura ficam definidas nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rondônia, Roraima e São Paulo.
Fonte: AGROLINK