Publicada em 11/08/2021
A vacinação é um dos métodos mais eficazes na
prevenção de doenças. No Brasil, o Ministério da Agricultura preconiza a
imunização obrigatória para determinadas doenças, como a brucelose, doença
infectocontagiosa crônica provocada por bactérias que atinge bovinos,
bubalinos, suínos, caprinos, ovinos, entre outros, e pode ser transmitida para
humanos. Neste sentido, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio
Ambiente, alerta os pecuaristas para a importância da vacinação e o cuidado no
contato com animais.
Segundo a Médica Veterinária da
Secretaria, Ludmila Noskoski Salazar,
é obrigatória a vacinação de todas fêmeas bovinas e bubalinas de três a oito
meses de idade. Esta medida serve para evitar futuros problemas reprodutivos
dos animais e também a contaminação de humanos. “Todas as bezerras, sendo de
propriedades leiteira ou de corte, precisam ser vacinadas, justamente para
estarem protegidas contra a brucelose”.
A profissional explica que, para a vacinação
dos animais da propriedade, o produtor familiar precisa fazer a solicitação
diretamente na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, localizada na Rua
General Câmara, número 347, esquina com a Rua Coronel Pillar, onde o
proprietário retira um receituário para efetuar a compra em uma casa agropecuária
credenciada. Posterior a isto, ele comunica a SMDR, da qual faz o agendamento
para a aplicação da vacina pelos profissionais, na propriedade.
SOBRE A BRUCELOSE
Em vacas, a brucelose provoca aborto ou o
nascimento de animais fracos ou mortos. O homem, de acordo com a veterinária,
se infecta pelo contato do agente com mucosas ou ferimentos. Outra fonte de
contaminação importante para a população em geral é a ingestão de alimentos
contaminados, entre eles o leite cru, produtos lácteos preparados com leite cru
e carne crua ou mal cozida. A prevenção da brucelose humana depende
essencialmente do controle da brucelose animal. Em países onde a brucelose
animal foi controlada observou-se uma redução acentuada na ocorrência de
brucelose humana.
“A vacinação também evita a transmissão da
doença ao consumidor, através do leite ou da carne. Por isso, fizemos um alerta
para que as pessoas não façam o consumo de produto clandestino, já que, muitas
vezes, os animais de origem podem não ter sido vacinados, transmitindo,
ocasionalmente, a doença”.
Conforme Ludmila, a vacina é aplicada
exclusivamente por médico veterinário, oficial ou autônomo cadastrado na
Secretaria Estadual de Agricultura. Ele emitirá o atestado de vacinação das
fêmeas bovinas e/ou bubalinas. A identificação das fêmeas vacinadas entre 3 a 8
meses de idade é obrigatória, utilizando-se o ferro candente ou nitrogênio
líquido.
Os produtores que descumprem a obrigatoriedade
de vacinação estão sujeitos à penalidades como impedimento de retirar animais
da propriedade, independente da categoria a ser movimentada, e aplicação de
auto de infração e multa.
Mais informações podem ser adquiridas através do telefone 3322-8833.
Fonte: Prefeitura Municipal de Cruz Alta