Publicada em 22/04/2021
O
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou, em seu discurso nesta
quinta-feira (22), na Cúpula do Clima, os compromissos assumidos em carta
enviada ao presidente norte-americano Joe Biden. Entre eles, o de zerar o
desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 e reduzir as emissões de carbono em
37% até 2025 e zerá-las até 2050.
Bolsonaro
abriu sua fala defendendo as ações ambientais nacionais. Afirmou que o Brasil
está na vanguarda do enfrentamento ambiental e disse que o problema está na
queima de combustíveis fósseis nos últimos anos em outras partes do mundo. E
voltou a repetir que o país contribuiu com menos de 3% das emissões de carbono
anuais.
Disse
também que o Brasil é pioneiro na difusão de combustíveis renováveis, como o
etanol, que a geração de energia é uma das mais limpas do mundo. "Temos
orgulho de preservar 84% do nosso bioma amazônico e 12% da água doce da
Terra." "Continuamos a colaborar com os esforços mundiais contra as
mudanças no clima."
O
presidente brasileiro prometeu redução de 37% nas emissões de carbono até 2025
e 43% até 2030. "Determinei que nossa neutralidade seja obtida até
2050." De acordo com ele, a promessa do país de zerar as emissões foi
reduzida em 10 anos.
Bolsonaro
prometeu eliminar o desmatamento ilegal até 2030. "Com isso reduziremos em
quase 50% nossas emissões até essa data." Afirmou também que destinou mais
verbas aos trabalhos que tentam evitar danos à natureza. "Determinei o
fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados a ações
de fiscalização. apesar da falta de recursos financeiros."
O
brasileiro também destacou a importância da ajuda com recursos de outros países
para que o Brasil consiga atingir seus objetivos. "Estamos, reitero,
abertos à cooperação internacional."
"Diante
da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental podermos
contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostos a
atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses
problemas."
O
evento mundial marca o retorno dos Estados Unidos à primeira linha do combate
às mudanças climáticas, depois de o governo de Donald Trump abandonar o Acordo
de Paris sobre o clima. A reunião acontece em meio a pressões internas e
externas sobre a política ambiental brasileira e protestos contra o ministro do
Meio Ambiente, Ricardo Salles, na internet. ONGs e artistas pedem que os EUA
não repassem recursos ao Brasil se o país não se comprometer com a questão
climática.
Participam
da reunião 40 mandatários, como Xi Jinping (China), Emmanuel Macron (França),
Angela Merkel (Alemanha), Boris Johnson (Reino Unido) e Vladimir Putin
(Rússia), entre outros.
O
retorno dos Estados Unidos
O
evento mundial marca o retorno dos Estados Unidos à primeira linha do combate
às mudanças climáticas, depois de o governo de Donald Trump abandonar o Acordo
de Paris sobre o clima.
A
reunião acontece em meio a pressões internas e externas sobre a política
ambiental brasileira e protestos contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, na internet. ONGs e artistas pedem que os EUA não repassem recursos ao
Brasil se o país não se comprometer com a questão climática.
O
primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga falou que o país já investiu US$ 11
bilhões para eliminar o uso de carbono. "Descarbonização não é trabalho de
uma só nação", argumentou. Já o Canadá prometeu reduzir suas emissões até
2030 em 40%.
A
premiê alemã Angela Merkel comemorou o retorno dos Estados Unidos na busca da
transformação ambiental após o governo de Donald Trump, que recusava o diálogo.
De acordo com ela, a União Europeia será neutra em carbono em 2050, e até 2030
terá diminuído a quantidade em 55%, na comparação com os nível de 1990.
A
presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, também agradeceu Biden por
recolocar os EUA na discussão climática.
Fonte: Correio do Povo