Publicada em 25/02/2021
Com a
taxa de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs)
do RS acima de 90%, a Secretaria Estadual da Saúde acionou na tarde desta
quinta-feira (25) o último nível da fase quatro do Plano de Contingência
Hospitalar, montado pelo governo
gaúcho no início da pandemia.
A mudança determina que hospitais públicos e
privados disponibilizem toda a sua estrutura para atendimento de casos
de covid-19: leitos emergenciais deverão ser instalados em
salas de recuperação e em UTIs intermediárias, e as equipes médicas e de
enfermagem desses setores deverão ser acionadas. Também estão imediatamente
suspensas as cirurgias eletivas, exceto procedimentos de urgência ou que
representam risco para o paciente.
Em
nota publicada pelo governo do RS, o diretor do Departamento de Regulação
Estadual, Eduardo Elsade, afirmou que a situação é de "extrema gravidade,
e será necessária a utilização de espaços disponíveis em cada instituição da
rede hospitalar do Estado". A secretária estadual da Saúde, Arita
Bergmann, também convocou as instituições de saúde públicas e privadas a
adequarem suas estruturas ao cenário crítico
"Mais
de 12 mil gaúchos já perderam a vida para a covid-19, número maior do que a
população de 351 municípios gaúchos. Diante desse cenário catastrófico, a
necessidade seria abrir 60 novos leitos de UTI por dia, mas isso jamais será
possível", projetou a secretária, em nota divulgada pelo governo.
Conforme o painel de monitoramento da
Secretaria Estadual de Saúde, por volta das 17h desta desta quinta-feira, 2.703
leitos de UTI estavam ocupados no RS, a maior taxa de ocupação da pandemia. Em
Porto Alegre, o número de pessoas com coronavírus internadas em emergências
hospitalares à espera de uma vaga em UTI também está crescendo. No intervalo de
um dia, saltou
83% e chegou a 117 pacientes na lista de espera.
Fonte: Gauchazh