Publicada em 17/01/2021
Após o anúncio surpresa do fechamento de três fábricas no
Brasil, a Ford agora terá de lidar com uma rede de distribuidores (como a marca
chama seus revendedores desde tempos imemoriais) menor.
Como já é
esperado, o número de concessionários irá diminuir, assim como o número de
cidades atendidas, logicamente. Segundo o site UOL, os distribuidores da Ford
serão reduzidos a 120 lojas em todo o país.
Atualmente,
existem 283 revendas que ostentam o oval azul em todo o Brasil e mais de 160
darão adeus ao logotipo da Ford, provavelmente mudando de bandeira ou
simplesmente fechando as portas.
Muitos já
estão em negociação com outras marcas e isso deve contribuir para um aumento na
rede das rivais. Para o desligamento da Ford, a Abradif (Associação Brasileira
dos Distribuidores Ford) já está formando um time de advogados para o processo
indenizatório.
Essa indenização será feita com base no faturamento de cada
concessionária, sendo que a Ford já firmou um compromisso com parte da rede
para o desligamento.
Os lojistas
esperam que a montadora reconheça o tempo de parceria entre a rede e a
montadora, sendo que alguns distribuidores estão com a marca há mais de 50 anos
e alguns “há mais de quatro gerações”.
Estabelecida
no Brasil desde 1919, a Ford já teve uma capilaridade muito maior no território
nacional, tanto em automóveis quanto em caminhões. A marca chegou mesmo a
vender tratores (o primeiro feito no país) e ônibus por aqui.
Agora, com
estoques suficientes para de 30 a 40 dias de vendas, segundo concessionários, a
Ford muda seu negócio para um portfólio de importados, que terá Ranger,
Mustang, Territory e Edge, com adição de Transit e Bronco Sport.
Deste último,
espera-se que seja o mais vendido, embora a Ranger (ainda) venda bem. Não se
sabe o quanto do mix da picape média fabricada na Argentina está ligada aos 163
distribuidores que fecharão. Isso, evidentemente, afetará as vendas do produto.
Fonte: Noticias Automotivas