Publicada em 17/01/2021
A partir da aprovação do
uso emergencial da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governador
Eduardo Leite afirmou que o Rio Grande do Sul está preparado para começar a
campanha de inoculação. Em uma mensagem compartilhada nas redes sociais, o
chefe do Executivo gaúcho garantiu que o processo deve ser iniciado no máximo
até quinta-feira, dia 21 de janeiro.
“Amanhã mesmo deve começar a distribuição da primeira aos
estados. Vacinação, assim, possível de ser iniciada até o dia 21 (talvez 20). O
RS está pronto! #vacinaJÁ”, disse.
O Ministério da Sáude
garante que a distribuição das doses será feita de forma igualitária entre os
Estados. Dessa mesma forma, o governo do Estado distribuirá aos municípios
quantidade proporcional à população a ser vacinada. Contudo, ainda não se sabe quantas
unidades serão enviadas ao Rio Grande do Sul. Estimativas da Secretaria
Estadual da Saúde (SES) prevêm entre 200 mil e 300 mil doses inicialmente, a
serem usadas nos grupos prioritários.
Eles incluem profissionais que trabalham em Unidades de
Tratamento Intensivo (UTIs), centros de triagem e Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU), indígenas e quilombola. Além disso, está projetada a
inoculação prioritária de idosos em lares de longa permanência ou, no caso
daqueles fora, escalonados por faixa etária – mais de 80 anos, de 75 a 79 anos,
de 70 a 74 anos, e assim por diante.
Em relação às agulhas e seringas, a SES terminou 2020 com um
estoque de 4,5 milhões de seringas, e foram adquiridas, por registro de preços,
mais 10 milhões de seringas agulhadas. A entrega desses insumos aos municípios
será escalonada e integrada com a distribuição da vacina. De acordo com a
secretária, esses itens, além da possibilidade de recebimento de agulhas e
seringas do Ministério da Saúde somados aos estoques dos municípios, serão
suficientes para atender toda a demanda da vacinação contra a Covid-19 e das
outras campanhas que ocorrem em paralelo.
"Nossa rede de
frios, a logística de distribuição para as coordenadorias regionais de saúde,
as seringas agulhadas... tudo pronto para o início da imunização no
estado", escreveu Leite, que também parebenizou o governador de São Paulo
e colega de partido (PSDB), João Doria, que anunciou acordo com o laboratório
chinês Sinovac, em junho do ano passado, e o Ministério da Saúde pela
negociação com Oxford/Astrazeneca.
O imunizante da Sinovac,
produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, tem eficácia global de 50,38% e
deve dar início à campanha de vacinação. Isso porque a Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), responsável por fabricar o produto de AstraZeneca/Oxford no
País, só tem condições para entrega em fevereiro. O governo tentou adiantar um
lote comprando-o do Instituito Serum, da Índia, mas as autoridades
nacionais barraram o envio.
Fonte: Correio do Povo