Publicada em 23/09/2020
Levantamento da Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) mostrou o crescimento de tentativas de fraudes financeiras contra os
brasileiros durante a pandemia de covid-19. Neste período, as instituições
registraram aumento de 80% nas tentativas de ataques de phishing – que se
inicia por meio de recebimento de emails que carregam vírus ou links e que direcionam
o usuário a sites falsos.
O
golpe do falso motoboy, em que é oferecido o serviço para recolher o cartão na
casa da pessoa, teve aumento de 65% durante o período de isolamento social. Já
os golpes do falso funcionário e falsas centrais telefônica cresceram 70%. Além
disso, mensagens com ofertas atrativas, clonagem de contas de WhatsApp e avisos
para que as pessoas recadastrem urgentemente seus dados junto a uma instituição
são algumas das situações usadas para os golpes.
Segundo
a Febraban, no período da quarentena houve ainda alta de 60% em tentativas de
golpes financeiros contra idosos, o que resultou em uma campanha de alerta com
o apoio da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa
Idosa, vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e
do Banco Central.
“Queremos
contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de prevenção a fraudes e do
uso seguro dos canais digitais no país”, disse Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Segundo
ele, os bancos investem cerca de R$ 2 bilhões por ano em sistemas de tecnologia
da informação (TI) voltados para segurança, que corresponde a cerca de 10% dos
gastos totais do setor com TI, com o objetivo de garantir a tranquilidade dos
clientes em suas transações financeiras cotidianas.
O
diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano
Volpini, alerta que os dados pessoais do cliente jamais são solicitados
ativamente pelas instituições financeiras e que, caso haja dúvida, o consumidor
deve procurar seu banco para ter esclarecimentos.
“Seja
pelo telefone, por e-mail, pelas mídias sociais, SMS, o fraudador solicita
dados pessoais do cliente, como números de cartões e senhas, em troca de algo,
ou ainda induz o usuário a ter medo de alguma situação”, disse
Volpini.
Segundo
a federação, atualmente 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social,
que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele forneça
informações confidenciais, como senhas e números de cartões para os
fraudadores.
Fonte: Agência Brasil