Publicada em 18/09/2020
A
taxa de desocupação atingiu 14,3%, na quarta semana de agosto, um aumento de 1,1
ponto percentual frente à semana anterior (13,2%), alcançando o maior patamar
da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
covid-19, iniciada em maio.
Essa
alta acompanha o aumento na população desocupada na semana, representando cerca
de 1,1 milhão a mais de pessoas à procura de trabalho no país, totalizando 13,7
milhões de desempregados. Os dados foram divulgada hoje (18) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A
população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava
por trabalho) era de 74,4 milhões de pessoas, mantendo-se estável em relação à
semana anterior (75 milhões) e, também, frente à semana de 3 a 9 de maio (76,2
milhões). Nessa população, disseram que gostariam de trabalhar cerca de 26,7
milhões de pessoas (ou 35,8% da população fora da força de trabalho). Esse
contingente ficou estável frente à semana anterior (26,9 milhões ou 35,9%) e à
semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).
Cerca
de 16,8 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não
procuraram trabalho não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem
uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 22,6% das
pessoas fora da força. Esse contingente permaneceu estável em relação à semana
anterior (17,1 milhões ou 22,9%), mas diminuiu frente à semana de 3 a 9 de maio
(19,1 milhões ou 25,1%).
A
coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, destaca o crescimento da taxa de
desocupação, que era de 10,5% no início de maio, e explica que a alta se deve
tanto às variações negativas da população ocupada quanto ao aumento de pessoas
que passaram a buscar trabalho.
“No início de maio, todo mundo estava afastado, em distanciamento social, e não tinha uma forte procura [por emprego]. O mercado de trabalho estava em ritmo de espera para ver como as coisas iam se desenrolar. As empresas estavam fechadas e não tinha local onde essas pessoas pudessem trabalhar. Então, à medida que o distanciamento social vai sendo afrouxado, elas vão retornando ao mercado de trabalho em busca de atividades”, disse, em nota, a pesquisadora.
Fonte: Agência Brasil