Publicada em 13/09/2019
Os primeiros casos de sarampo no Rio Grande do Sul este ano foram confirmados nesta quinta-feira (12). São sete casos que tiveram início de sintomas entre a primeira e a última semana de agosto. Todos eles adquiridos fora do estado e, portanto, considerados importados.
Seis casos envolvem moradores de Porto Alegre e um de Dois Irmãos, na Região Metropolitana. Os pacientes têm histórico de viagem a locais com circulação do vírus, como São Paulo e a Europa, ou vinculação a eles.O primeiro caso foi de uma jovem de 18 anos que esteve na Itália e na Capital paulista em julho. Outros três com os quais teve contato, e que residem na mesma moradia, também foram diagnosticados com a doença. Com isso, a vigilância realizou uma ação de bloqueio e vacinação de 53 pessoas próximas que não estavam vacinados mas que não tinham sintomas da doença.
Outros dois moradores da Capital, de 21 e 30 anos, e uma jovem de Dois Irmãos, de 21 anos, também tiveram sarampo confirmado após viagens a São Paulo. A vigilância acompanha as pessoas próximas a elas, mas, até o momento, nenhuma apresentou sintomas.
Há 20 anos, o Rio Grande do Sul não registra casos autóctones de sarampo. Depois de 1999, todos as confirmações são referentes a pessoas que pegaram a doença em viagem ao exterior e a outros estados ou que tinham ligação com que esteve fora do estado.
Desde o ano passado, porém, um surto da doença atinge vários lugares do mundo. Somente nos últimos 90 dias, o Brasil já registrou 2,7 mil casos de sarampo, mais de 98% deles em São Paulo. Outros 13 estados, entre eles, o RS, já tiveram casos confirmados.Foram atestadas, ainda, quatro mortes por sarampo no Brasil em 2019: três em São Paulo e um em Pernambuco.
RS recebe vacinas para ação preventiva
Uma das ações para enfrentar o surto do sarampo no país é a vacinação de crianças de seis a 11 meses. No Rio Grande do Sul, são cerca de 70 mil crianças nessa faixa etária. A medida preventiva indica, ainda, a aplicação como uma “dose zero”, já que ela não substitui a primeira dose contra o sarampo no Calendário Básico Infantil, dada aos 12 meses de idade com a vacina tríplice viral (que também protege contra a rubéola e a caxumba). A proteção é completada aos 15 meses com a tetra viral (que previne ainda contra a varicela, também conhecida como catapora).
A rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a vacina tríplice viral para a população de seis meses a 49 anos e para profissionais de saúde e demais pessoas envolvidas na assistência à saúde hospitalar.No fim de agosto, o Rio Grande do Sul recebeu cerca de 138 mil doses de vacina tríplice viral do Ministério da Saúde para a vacinação de rotina, para ações de bloqueio e dose extra para menores de um ano. Assim, todos os municípios estão abastecidos da vacina. Um novo lote é previsto para a segunda quinzena de setembro
A Secretaria da Saúde informa que o sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus. Qualquer indivíduo que apresentar febre e manchas no corpo (exantemas) acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite deve procurar os serviços de saúde para a investigação, principalmente aqueles que estiveram em viagem a locais com circulação do vírus nos 30 dias anteriores.
Fonte: G1