Publicada em 21/07/2020
Ainda
não existe um protocolo estabelecido para a eventual decretação das restrições
mais rígidas em alguma cidade do Rio Grande do Sul. O agravamento da pandemia no Estado e a ameaça de uma
restrição ainda maior à circulação de pessoas suscitam dúvidas sobre as
diferenças entre a bandeira preta, o mais rigoroso modelo de
distanciamento social estabelecido pelo governo do Estado, e um
eventual lockdown. Embora não haja um protocolo específico concebido para
lockdown no Rio Grande do Sul, é possível estabelecer algumas simetrias.
Confira:
Bandeira preta - No serviço público, apenas atividades de segurança,
saúde, coleta de lixo, tratamento de água e esgoto, bem como fiscalização,
atuam com 100% das equipes. Nos serviços em geral, apenas funerários,
operadores de telecomunicações e tecnologia da informação trabalham com
capacidade máxima. Praticamente todo o comércio fecha, funcionando apenas
os serviços essenciais, como farmácias, supermercados e postos de combustível,
os dois últimos com 50% dos trabalhadores e entrada restrita. Restaurantes só
podem operar com tele entrega e no sistema pegue e leve, com 25% dos
funcionários. Hotéis têm apenas 30% dos quartos. Todo o transporte público tem restrições. A indústria atua com até 75%
da capacidade, desde que em ações emergenciais relacionadas à pandemia. Outros
setores têm restrição de até 75% no emprego de mão-de-obra.
Lockdown-
Ainda não há uma normativa oficial para guiar um eventual fechamento da Capital
ou do Estado. A prefeitura de Porto Alegre e o Palácio Piratini não
estabeleceram parâmetros mais rigorosos do que os estabelecidos em bandeira
preta. Todavia, onde foi decretado
o lockdown funcionou basicamente com um conceito: é proibido sair à rua. São
raras as exceções. Trabalhadores só podem sair de casa se atuar em atividades
consideradas essenciais. Praticamente toda a atividade econômica é paralisada e
o transporte público, bloqueado. Viagens são suspensas e as cidades passam a
ter rigoroso controle de fluxo para quem chega e quem vai embora. Para a
população em geral, é permitida apenas circulação de quem estiver indo comprar
mantimentos ou tiver de sair de casa por razão de saúde. A fiscalização
torna-se mais rigorosa e implacável, com multas pesadas a quem descumprir as
regras de confinamento.
Fonte: Gaúcha ZH