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Brasil cai em ranking anticorrupção

Publicada em 23/01/2020

  • Brasil cai em ranking anticorrupção

País está atrás de outras nações latino-americanas, como Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador e Uruguai, no levantamento da Transparência Internacional.

O Brasil aparece na 106ª posição entre 180 países avaliados pelo Índice de Percepção da Corrupção (IPC) em 2019, divulgado nesta quinta-feira (23).  Elaborado pela ONG Transparência Internacional, o ranking atribui notas de zero a cem aos países, com base em pesquisas e relatórios sobre como o setor público é percebido por especialistas e executivos de empresas no que diz respeito à prática da corrupção. 

O resultado coloca o país atrás de outros latino-americanos como Argentina (66ª), Chile (26ª), Colômbia (96ª), Cuba (60ª), Equador (93ª) e Uruguai (21ª).

Para a ONG, isso indica que o atual governo brasileiro, apesar do discurso, não adotou medidas que impactassem na percepção de que práticas corruptas, tais como abuso de poder, subornos e acordos secretos, tenham diminuído no país.— O resultado reflete um ano de poucos avanços e muitos retrocessos na luta contra a corrupção no Brasil — avalia Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil. Entre os poucos avanços citados, ele destaca o decreto do governo federal que exige ficha limpa para aqueles nomeados a cargos de confiança e um fortalecimento da Polícia Federal, que recebeu 1,2 mil novos agentes e deflagrou operações importantes. Além disso, cita como muito positiva a criação de 29 delegacias estaduais de combate à corrupção.

No Legislativo, a aprovação de medidas do pacote anticrime, tais como o confisco alargado e mudanças no sistema de prescrição, foram apontadas como relevantes, além da derrubada do decreto presidencial que facilitava a classificação de informações públicas como sigilosas.

A lista de retrocessos constantes no relatório da Transparência Internacional é bem maior. O texto aponta para investigações de corrupção envolvendo membros do núcleo duro do governo, como o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, denunciado por suposto esquema de candidaturas laranjas do PSL, e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, envolvido em investigações sobre suborno.

O filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro também é investigado sob suspeita de crimes de peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa. O relatório também aponta como problemáticas decisões do Executivo que sugerem interferência política em órgãos-chave do combate à corrupção: afastamento do presidente do Coaf, substituições na PF do Rio e na Receita Federal, além da nomeação de um procurador-geral alinhado ao presidente.


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